Antes de tudo, por favor, não se deixe levar por pensamentos impuros, não espere um novo e muito menos algo melhor do que 2001 – Uma odisseia no espaço. Uma boa ideia, ainda que bem trabalhada, não revoluciona sem humildade e autocrítica.
A nova empreitada de Christopher Nolan, na qual ele vem trabalhando há sete anos, traz a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de astronautas recebe a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial, possibilitando a continuação da espécie.
Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa. Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) investirá numa própria jornada para também tentar salvar a população do planeta.
Interestelar é um dos filmes mais esperados de 2014 e também de um dos mais cultuados e respeitados diretores do século XXI. O filme que por diversas vezes foi comparado com a obra de Stanley Kubrick terminou por desapontar muita gente.
Na questão visual, o próprio Kip Thorne, famoso e mais competente físico teórico do mundo, especialista em buracos negros e conceitos de gravidade, disse estar diante de algo tão grandioso que ele mesmo pode usar as imagens em suas palestras e teorias.
O problema começa quando o diretor tenta trabalhar com questões sentimentais de mais, apesar de os atores protagonizarem cenas muito tocantes e dignas de indicações, no fim das contas, Nolan é um diretor muito racional pra trabalhar com temas relacionados ao amor.
Mais uma vez, se perde em explicações massivas, apesar do conseguir significativa melhora nos segundo ato, o primeiro peca demais em teorias desnecessárias, típico de Nolan. Explicações que todos já estão acostumados a ver no cinema, e é isso que dá um tom, até certo ponto egocêntrico ao diretor, que parece pensar que sua explicação será melhor que a dos outros que já a fizeram.
Em resumo, Interestelar é muito bom quando visto pelo seu trabalho visual, desafiador e corajoso, mas está longe de ser algo revolucionário.
Mais uma vez, se perde em explicações massivas, apesar do conseguir significativa melhora nos segundo ato, o primeiro peca demais em teorias desnecessárias, típico de Nolan. Explicações que todos já estão acostumados a ver no cinema, e é isso que dá um tom, até certo ponto egocêntrico ao diretor, que parece pensar que sua explicação será melhor que a dos outros que já a fizeram.
Em resumo, Interestelar é muito bom quando visto pelo seu trabalho visual, desafiador e corajoso, mas está longe de ser algo revolucionário.