É difícil acreditar que um filme que conta com atores do porte de Patrick Stewart, Ian Mckellen, Michael Fassbender e James McVoy possa ser considerado um fracasso. Ok, está longe de ser um fracasso, porém não é mais do que... bom.
A mais nova empreitada da franquia X-Men, desta vez cria um novo universo que em primeira instância, desperta uma grande curiosidade de como conciliar duas metades. Ele ocorre em duas épocas diferentes, o que significa duas equipes diferentes de mutantes lutando para salvar a humanidade em seus próprios caminhos, em dois elencos diferentes.
Em um futuro esquecido - como o nome do filme já diz - para evitar o extermínio dos mutantes, que são caçados pelos Sentinelas, robôs emblemáticos nos quadrinhos, desenvolvidos por Bolívar Trask (Peter Dinklage), Wolverine embarca em uma viagem no tempo com a missão de procurar Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) com o intuito de, juntos, mudar o rumo da história.
No futuro, para escapar da morte, os poucos mutantes sobreviventes precisam concentrar suas forças para proteger Wolverine, que tem seu corpo em repouso, para uma espécie de regressão misturada com viagem presencial no tempo, mais especificamente em 1973, quando ainda não tinha passado pela traumática experiência da Arma-X. “Quer dizer que ele ainda não tinha as ‘garras’?!”, não, não tinha, e isso dificultará muito as coisas.
Elencos notórios como já citados, acabam por se sustentar no herói canadense, que por fim, acaba sempre sendo o personagem mais interessante. Interessante não somente por se tratar de um herói com uma história mais triste do que a maioria, mas também por ser interpretado por um ator que realmente entende o peso e as características do mutante banhado em adamantium. Nota 10 pra Hugh Jackman como sempre.
Calma, esse não é um filme sobre o Wolverine, mas ele acaba por se tornar o personagem mais importante da história como sempre, por ter mais capacidades físicas e psicológicas do que os demais mutantes da trama.
Legal, Wolverine quebrando tudo, se sacrificando pelos outros como de costume, história interessante, mas o erro começa onde mesmo? No momento em que se percebe que Dias de Um Futuro Esquecido parece ter nascido da ideia de corrigir antigos erros de roteiro.
Bryan Singer não ignora por completo X3 (2006), porque mostra uns dois segundos do filme em meio à trama que revela o passado de Wolverine, pois de resto, só faltou escrever no fim dos créditos algo do tipo: “Caso alguém não tenha entendido meu roteiro, os filmes que eu não dirigi... não valem”. Ao final do filme, muita coisa da trilogia que compreende 1999 – 2006 se perde, e parece não ter existido. Uma falha quase que patética.
X-Men - Dias de Um Futuro é um filme que vale a pena ser visto, não é melhor do que X-Men - Primeira Classe, mas deixa o espectador com muita vontade de ver o próximo filme que estreia em 2016. Ah! Não saia do cinema antes do fim dos créditos.

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