“O Juiz”, mistura três consagrados enredos de hollywood, o filme de tribunal (popular principalmente no anos 80), o filme de reencontro das raízes na pequena cidadezinha do interior (por sinal muito bem enquadrada) e por último, mas não menos importante, o filme de reconciliação entre pai e filho.
O longa acompanha a vida de Hank Palmer, um advogado importante de uma grande metrópole dos Estados Unidos que se vê obrigado a voltar a sua pacata cidade natal quando a notícia do falecimento de sua mãe chega até ele no meio de um julgamento.

Robert Downey Jr. não foge muito de sua figura com poder de eloquência do qual já está acostumado a fazer em “Homem de Ferro”, e também usa da bola de cristal durante o filme, na pele de um advogado que conhece a população por sua linguagem corporal, como em “Sherlock Holmes”. Mesmo seu personagem, Hank Palmer, ser um personagem já “manjado” em hollywood, ele desempenha com destreza, e por vezes cativa com eficiência, tanto nas cenas de comédia romântica, quanto na bonita relação com seus irmãos.
O velho de guerra – indicado em seis ocasiões e numa delas, dono da estatueta - Robert Duvall dá o tom dramático e autoritário, também já acostumado a transcender tal figura desde os tempos de “Grande Santini”. Além de passar a experiência na empreitada, “se joga” em alguns clichês e também se arrisca cenas fortes. É bem possível que seja indicado pela sétima vez ao Oscar, seria a quarta como coadjuvante.
A surpresa fica por conta de o diretor ser David Dobkin, o mesmo que dirigiu as comédias “Bater ou Correr em Londres”, “Penetras Bons de Bico” e o pífio longa de aventura: “Jack: O Caçador de Gigantes”. Escrito com auxilio de Nick Schenk e Bill Dubuque, o roteiro de “O Juiz” não é muito sofisticado, mas certamente valerá uma indicação.
Pra quem gosta de filmes de reconciliação dramática e aventura moderna, e que também está de olho no Oscar 2015, sairá satisfeito da sessão de “O Juiz”.

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