Spike Jonze iniciou sua carreira como diretor de videoclipes de artistas como Björk, The Chemical Brothers e Yeah Yeah Yeahs. Estreou na direção em 1999 com a comédia incomum Quero ser John Malkovich, que conta a história de um homem que entra na mente de John Malkovich por quinze minutos, podendo ver o mundo com os olhos do ator.

Em Ela (Her, 2013) isso é possível. A trama se passa em um futuro não muito distante onde a tecnologia está em toda parte. O protagonista, o escritor Theodore (Joaquin Phoenix, O mestre) trabalha em um serviço de cartas escritas à mão. Veja que as pessoas não quiseram acabar com o velho hábito de mandar cartas uns aos outros, mas pagam para outras pessoas escreverem, fazendo com que se alarguem ainda mais as distâncias. Recursos feitos no computador como apagar arquivos e corrigir palavras são realizados por reconhecimento de voz. Theodore é conhecido em seu trabalho por escrever lindas cartas e ter muita sensibilidade. Apesar disto, Theodore é um homem solitário e infeliz que se separou recentemente da esposa (Rooney Mara, Terapia de Risco). Ele passa os dias em sua casa jogando videogame em que um dos personagens é dublado pelo diretor, Spike Jonze, e fazendo sexo virtual em salas de bate-papo.
Theodore tem um casal de amigos, Charles e Amy, interpretados por Matthew Letscher e Amy Adams, respectivamente. Seus únicos amigos, aliás. Amy trabalha criando jogos e quando tem tempo, se dedica a um documentário. De início, percebemos que o casal não parece estar bem no relacionamento. Em uma cena em que Amy mostra uma das partes de seu documentário, Charles diz o que é melhor para ela fazer e os dois começam a brigar.
Um dia, o escritor vê a propaganda de um novo sistema operacional, o OS 1, que possui inteligência artificial, fazendo com que se adapte ao seu usuário. O SO de Theodore tem voz feminina chamada Samantha (Scarlett Johansson, Como Não Perder Essa Mulher) que, inicialmente, organiza e-mails e corrige erros nas cartas que Theodore escreve. Aos poucos, Theodore desenvolve uma relação de amizade com Samantha, conversando sobre outras coisas, como as impressões dela sobre o mundo ao invés de apenas dizer o que ele tem de fazer.

Em uma noite, Theodore está chateado com o encontro que não deu certo. A mulher com quem ele saiu (Olivia Wilde) já demonstrou o interesse por um relacionamento mais duradouro e fez cobranças. Isso no primeiro encontro. Samantha confessa a Theodore que queria estar com ele. A partir daí, os dois começam a ter um relacionamento. Um relacionamento diferente, mas continua sendo um relacionamento com as cobranças, as preocupações, os medos, os planos e as falhas de um relacionamento entre pessoas.
A fotografia do filme ficou por conta do alemão Hoyte van Hoytema que utilizou cores diferentes em diversas situações. Tons pasteis são vistos em cenas em que Theodore está com Samantha conversando na rua ou no campo e tons de cinza e azul-escuro quando Theodore está em sua rotina solitária ou conversando com Samantha antes de dormir.
Assisti a esse filme achando que o protagonista iria se apaixonar apenas pela voz do sistema operacional como vi em uma matéria em que pessoas vão no Google Tradutor, digitam a frase “Eu te amo”, por exemplo, e passam a ouvir várias vezes com a conhecida voz do serviço de tradução. Ela torna tudo isso mais complexo quando mostra um sistema operacional sem face ou corpo capaz de sentir e expor seus sentimentos, chegando a se apaixonar por um homem. Acredito que Scarlett Johansson fazendo a voz de Samantha esteja em sua melhor “atuação”. Sua voz é tão marcante que faz com que pensem que Samantha está ao lado de Theodore, como ela comenta em uma cena.
O filme também mostra como a tecnologia une ainda mais as pessoas ao mesmo tempo que as afasta. Podemos ver várias pessoas conversando com seus sistemas operacionais juntas em um mesmo lugar, mas isoladas em seus mundos particulares.
A fotografia do filme ficou por conta do alemão Hoyte van Hoytema que utilizou cores diferentes em diversas situações. Tons pasteis são vistos em cenas em que Theodore está com Samantha conversando na rua ou no campo e tons de cinza e azul-escuro quando Theodore está em sua rotina solitária ou conversando com Samantha antes de dormir.
Assisti a esse filme achando que o protagonista iria se apaixonar apenas pela voz do sistema operacional como vi em uma matéria em que pessoas vão no Google Tradutor, digitam a frase “Eu te amo”, por exemplo, e passam a ouvir várias vezes com a conhecida voz do serviço de tradução. Ela torna tudo isso mais complexo quando mostra um sistema operacional sem face ou corpo capaz de sentir e expor seus sentimentos, chegando a se apaixonar por um homem. Acredito que Scarlett Johansson fazendo a voz de Samantha esteja em sua melhor “atuação”. Sua voz é tão marcante que faz com que pensem que Samantha está ao lado de Theodore, como ela comenta em uma cena.
O filme também mostra como a tecnologia une ainda mais as pessoas ao mesmo tempo que as afasta. Podemos ver várias pessoas conversando com seus sistemas operacionais juntas em um mesmo lugar, mas isoladas em seus mundos particulares.

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