sexta-feira, 28 de março de 2014

Crítica | Rio 2: Abrace os estereótipos!

Por Victor Hugo Furtado

Superior ao primeiro, com mais história e menos inserção de contexto, a animação “Rio 2” sai na frente, despontando como uma das melhores do ano. As ararinhas azuis, Blu e Jade, agora vivem com seus três filhotes Bia, Tiago e Carla no jardim da casa dos humanos Linda e Túlio.

Em sua primeira metade, as araras azuis vivem ao ar livre e são famosas por serem consideradas as últimas da espécie. Tudo muda quando os protetores, Linda e Tulio, avistam em uma missão na Amazônia, outra arara azul.

Decidida a descobrir se existem mais de sua espécie, Jade obriga Blu a viajar com ela para a Amazônia, levando com eles os três filhotes e deixando o Rio de Janeiro. Na expedição vão também as aves já conhecidas Nico e Pedro, dupla carioca apresentada no primeiro filme.

Apesar de se perder o título, pois menos de 15 minutos do filme se passam no Rio de Janeiro, a viagem fez bem. Levando o filme para a floresta Amazônica, o diretor brasileiro Carlos Saldanha aumenta seu poderio estético, com uma gama de cores e luzes aliada ao poder da magia 3D, encantam até os adultos, que dirá as crianças.

Em principio já se percebe uma fuga do repetitivo, pois diferente do primeiro filme, esse apresenta os estereótipos brasileiros de maneira mais leve, tenta ter sucesso de diversas maneiras, e consegue um pouco em cada uma.

Se o espectador é daqueles saudosistas de sobrenome europeu, provavelmente se ofenderá com a chamada “guerra” no filme, quando parece que o confronto entre as araras azuis e vermelhas partirá para uma briga de bico e asa e alguma violência, ele foge com classe pra uma empolgante partida de... futebol! é claro.

Se o elenco já era de muita qualidade, ele contou com dois grandes acréscimos, o talentoso cantor pop e multifacetado Bruno Mars, e o inabalável e charmosão ator, Andy García, ambos em papel de destaque.

“Rio 2” é uma excelente animação para crianças e adultos, com novos personagens, bem elaborados e que se encaixam bem na narrativa, longa divertido e que acima de tudo valoriza e consolida nossa cultura.



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