sábado, 10 de agosto de 2013

Crítica | Círculo de Fogo: Referências saltam aos olhos levando o nerd à loucura

por Victor Hugo Furtado

Cheio de referências, Circulo de fogo é o filme perfeito para todo garoto que teve a sorte de ter uma ótima infância, criado vendo “Jaspion” e principalmente “Power Rangers”.

O filme que talvez fuja um pouco do jeito Guillermo Del Toro de fazer filmes, que se caracterizou pelo uso da maquiagem mais até do que efeitos especiais, não peca na hora de introduzir uma ameaça estilo Godzilla, e o essencial, máquinas que possam combatê-la.

Os primeiros momentos da trama já conseguem levar o êxtase os nerds e geeks (nunca vou saber a diferença, sempre me denominei nerd) presentes na sala de cinema. E é apenas um prelúdio  da “quebradêra” que se segue ao longo da história. Pancadaria que começa no mar se arrasta até a cidade e pasmem, tem fim no espaço.

O roteiro é simples e competente, digno dos roteiros de Power Ranger, complicações ficam por conta dos nomes das ameaças, todos os aspectos do filme atingem e, em certos pontos superam, as expectativas, como os efeitos visuais, belíssimos.



Os acontecimentos fluem naturalmente, de maneira como Del toro mesmo disse, preferir não se apegar a explicações, gerando surpresa nos momentos de referencia, como por exemplo quando é dada a ordem de pressionar um botão (soco foguete) e termina com a alegria de um soco bem dado na cara de Kaiju, de uma forma tão empolgante que nem sentimos passar as duas horas de filme.

O elenco é simples e carismático, Idris Elba faz uma de suas melhores atuações. A dupla, Charlie Hunnam e Rinko Kikuchi, não ficam atrás e a conexão natural entre os dois é visível e o alívio cômico está bem presente, mas na dosagem certa e em momentos certos.

Fiquem tranquilos, pois os Jaegers, como são chamadas as máquinas criadas pelos humanos,  não são iguais aos transformers, eles são pesados e lentos, o que torna legal, pois já sai em desvantagem. É possível ter a sensação de peso de cada passo dos robôs.  Já os Kaijus, são um pouco mais ágeis e por vezes um pouco maiores que o esperado.

Vale a pena conferir esse baita filme de ficção cientifica, que esbanja referencias que saltam aos olhos de um ótimo diretor de cinema.  Se quando criança você, assim como eu, enlouquecia em frente a TV vendo séries como Jaspion, Jiraya, Ultraman, Espectroman e Power Rangers, não deixe de ir ao cinema, pois esse filme é essencial no que diz respeito a fidelidade de gênero.  

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