quinta-feira, 16 de julho de 2015

Crítica | Homem-Formiga

por Victor Hugo Furtado

Dr. Hank Pym (Michael Douglas), o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer) e, principalmente, da filha.

Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.

Homem-Formiga consegue se manter em um universo muito particular e não confrontar o já estabelecido pelos “Vingadores”, provando mais uma vez que o planejamento da Marvel e da Disney funciona e muito. O humor não chega não é maçante e não se torna desnecessário, massivo e desinteressante como “Homem de Ferro 3” (sempre será usado como exemplo) porque a escolha de Paul Rudd foi excelente, cumpre seu papel e dá um tom mais informal ao personagem.

A trama transcorre com naturalidade em quase duas horas e pode ser caracterizado simplesmente como ótimo filme, engraçado, inteligente, bem atuado e que separa muito bem seus núcleos. Como tudo tem um, porém, o roteiro é por vezes previsível e dotado de clichês, mas não compromete.

Homem-Formiga é mais um dos autênticos filmes da Marvel com muita ação, humor e personagens carismáticos que seduzem públicos de qualquer idade. Assim como “Guardiões da Galáxia”, descobrimos que podemos exigir sim que os filmes de super heróis sejam cada vez melhores, especialmente se tratando de trilha sonora. Homem Formiga é um ótimo filme de super-herói, mais héroi, do que super. Atenção às duas cenas pós-creditos.



quinta-feira, 9 de julho de 2015

Crítica | O Exterminador do Futuro: Gênesis

por Victor Hugo Furtado

Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela.

Entretanto, ao chegar Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.

“O Exterminador do Futuro: Gênesis” chega às telas com a marota proposta de nada mais, nada menos que reescrever a história. Tarefa simples (ironia). Ora, um dos filmes mais aclamados dos anos 80 e que tem como continuação uma das melhores sequencias da história de Hollywood, “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”, do nada, agora aparece com outra trama? Pode parecer tolo o que digo mas, onde fica o respeito aos sentimentos do fã e do expectador que compra boxes da trilogia em promoção no eBay e tem pôsteres no quarto?

Inserir viagem no tempo em roteiros, as vezes conserta, outras estraga, nesse, explode de tão ruim. Confunde-nos, espanta novos fãs e ainda por cima estraga o que já foi feito. Conta-se no dedos os longas que conseguiram trabalhar com o tema viagem no tempo com excelência.

Excluindo a parte de desgaste da franquia, até diverte quando falamos em “filme pipoca”, explosões, tiros, efeitos cada vez mais perfeitos capazes de criar um Schwarzenegger de 30 anos de idade. Mas no contexto fica esquecido.

A verdade é que a franquia já devia se dar por finalizada, é uma grande surpresa que esse último filme tenha terminado, ainda que confuso, tão bem. O pior de tudo, é que percebemos nas ultimas cenas, que vem mais por aí, o que é muito triste, pois se já faltaram argumentos para convencer até o mais fanático dos fãs do Exterminador (Sherminator, vide “American Pie”), preparem-se para uma chuva do que há de mais substituível e deseducador na área dos blockbusters. Repito: é uma grande surpresa que esse último filme tenha terminado, ainda que confuso, tão bem.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Crítica | Jurassic World

por Victor Hugo Furtado

O Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados.

Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, logo se tornando uma grande ameaça para a existência humana.

Um dia “Mad Max”, no outro “Poltergeist” e dali a pouco “Jurassic Park”. Enfim, voltamos ao século passado. Alheio às mesas redondas que debatem a criatividade do cinema contemporâneo, foquemos no “Jurassic Park”, o parque de dinossauros que, nas mãos de Spielberg, encantou o mundo em 1993 e levou mais de 1 milhão de expetadores ao cinema para encher nossos olhos de surpresa e aguçar nossa imaginação embalada pela trilha inesquecível de John Williams.

Agora é “Jurassic World”, que finalmente abriu para o público em geral e dá a entender na trama que deixou os parques da Disney em Orlando pra trás na questão do entretenimento. É um filme que diverte, ensina, assusta e encanta. Para os mais chegados à franquia, por vezes até emociona, principalmente na cenas finais.

Independente de um certo abuso da nostalgia, o filme é muito divertido e é o que mais podemos chamar de "filme pipoca", é bom, inteligente, e facilmente "mastigável", que não é preciso atentar para cada detalhe para tirar-se proveito. Apesar de as referências por vezes serem minimalistas e exigirem certa atenção, como a camiseta do jovem funcionário comprada no E-Bay.

Obviamente que comparado ao seu primeiro filme, perde, e muito, por razões que vão de contexto histórico até efeitos especiais. O protagonista (humano, pois os reais são os dinossauros) rouba a cena. Chris Pratt já havia feito isso em "Guardiões da Galáxia" e volta a fazer com maestria. Mais um ator estilo Robert Downey Jr. resgatado de filmes B e inserido no mais alto escalão de Hollywood. Com méritos.

Jurassic World é um filme muito agradável, claro que com pequenos erros e excessos, principalmente no que diz respeito a parte "Spielbergiana" da trama, quando aparecem os irmãos que só estão no filme para ocupar mais um núcleo. Núcleo chato, não agrega em nada. Levante-se e leve a família toda para ver Jurassic World, um das continuações muito bem feitas de filmes mais antigos comparados a tantos outros recentes de outras franquias.