Recentemente vi, Moonrise
Kingdom (2012), do diretor texano Wes Anderson. Confesso que é o
primeiro filme que vejo desse diretor, apesar de já terem me falado que Os excêntricos Tenenbaums (2001) é uma
ótima comédia "excêntrica".
Moonrise
Kingdom se passa na década de 1960, sua trilha é repleta de
músicas da época e mostra a história de um amor quase impossível de dois
pré-adolescentes, Sam e Suzy (interpretados pelos ótimos Jared Gilman e Kara
Hayward), que se conhecem quando Sam assiste a uma peça da igreja em que Suzy
participa.
Sam é um escoteiro cáqui,
que tem conhecimentos em cartografia, mas acredita não ter vocação para o
escotismo. Seu grupo de escoteiros é liderado pelo ingênuo e incapaz escoteiro-chefe
Ward, interpretado por Edward Norton (Clube da Luta), que quase sempre está com
aquela expressão de maior abandonado. Confesso que o acho lindo assim! Suzy é uma
linda garota, que tem problemas de comportamento e se envolve em brigas na
escola e com seus pais.
O filme se inicia com um homem explicando a
geografia do lugar onde se passa o filme, provavelmente localizado na região da
Nova Inglaterra. Também mostra crianças brincando em um cômodo da casa,
enquanto ouvem a gravação de um garoto explicando os componentes importantes
para uma orquestra, como os instrumentos de sopro e de cordas.

O casal começa a trocar cartas
falando sobre suas rotinas ruins: Sam conta sobre as brigas com os garotos do
abrigo onde mora, queima a casa de cachorro quando passa a morar com seus pais
adotivos (Sam é órfão), enquanto Suzy reclama dos irmãos mais novos e das
brigas que se envolvem. A partir daí, os dois planejam fugir juntos para um
lugar longe de onde eles moram e afastar-se um pouco de suas vidas.
Moonrise
Kingdom é uma comédia romântica, é um filme de crianças, que tem
um pouco da inocência juvenil. Se Sam e Suzy tentam agir como adultos,
batalhando por suas vontades e decisões, os adultos agem como crianças. É o
caso do escoteiro-chefe Ward, que acredita fielmente nos escoteiros que ele
cuida e que eles lhe obedecem.
É também o caso da mãe de
Suzy, interpretada pela atriz Frances McDormand (Queime depois de ler), que tem
um caso com o xerife do condado, o capitão Sharp, interpretado por Bruce Willis
(Duro de Matar), sendo a primeira vez em que o vejo interpretando um papel
totalmente dos filmes de ação que ele faz. A mãe de Suzy e o capitão mantêm um
caso, mas se restringe apenas a uma conversa perto do farol, enquanto os dois
fumam cigarros.
Pode ser visto como uma
forma de demonstrar a perda da inocência, a cena em que Sam fura as orelhas de
Suzy com os brincos que acabara de fazer. A garota sofre com isto, mas fica
feliz ao final, ainda que se mostre o filete de sangue fluindo pelo seu
pescoço.
Para finalizar, vou contar a
cena que mais gostei neste filme. Há uma cena em que Sam e Suzy dançam na
praia, juntos ao som de Le Temps de
L´Amour, música de Françoise Hardy. Nesta cena, o casal tem a experiência
do primeiro beijo e Suzy permite que Sam toque nos seios dela. De certa forma,
chega a ser uma cena bonita, não erótica. Acredito que haja um pouco das
primeiras experiências com o sexo oposto na adolescência.
E é isso aí, gente! Esta foi
a minha primeira resenha aqui no Cinéfilos Mecânicos. Se gostaram, comentem! Se
não gostaram, também comentem! Críticas construtivas sempre nos ajudam a
aperfeiçoar. Até a próxima!
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