domingo, 28 de abril de 2013

Figurino | Jogos Vorazes - Em Chamas


por Polyana Gouvêa

Decidi falar sobre esse figurino por ser loucamente enamorada pela série inteira. Li a trilogia do Jogos Vorazes 2 vezes antes de assistir o filme, e fiquei apaixonada. Achei o primeiro foi bem fiel ao livro e aguardo ansiosamente a estréia de "Em Chamas" em Novembro deste ano.


Em março, a Lionsgate publicou uma série de retratos em um mesmo cenário. Alí já foi possível ter uma ideia de como serão os figurinos de alguns personagens tão queridos pelo público. O meu preferido, particularmente foi o da Effie Trinket (Elizabeth Banks). Creio que todos concordam que os figurinos dela em Jogos Vorazes foram sensacionais, e me baseando nas fotos, a sequência só tem a melhorar.

O vestido é da coleção do Alexander McQueen, outono/inverno 2012. #awesomea, depois temos o tão esperado, vestido que seria para o casamento da Katniss (Jennifer Lawrence) com o Peeta (Josh Hutcherson). Tudo bem, não é um McQueen, mas achei tão bom quanto. Ele causa impacto muito grande, assim como no livro, e a riqueza nos detalhes é imensa. A obra é do estilista Tex Saverio, mas houveram algumas mudanças em relação ao modelo original.


Vale a pena conferir também alguns looks masculinos como o Peeta, o Presidente Snow e o tão aguardado Finnick Odair ( Sam Claflin), nosso tributo vitorioso do Distrito 4. Agora é aguardar, e torcer pra que liberem mais informações sobre "Em chamas". Esperamos ansiosamente.

Crítica | Moonrise Kingdom: Amor juvenil de uma forma não convencional

por Dáphine Ponte

Recentemente vi, Moonrise Kingdom (2012), do diretor texano Wes Anderson. Confesso que é o primeiro filme que vejo desse diretor, apesar de já terem me falado que Os excêntricos Tenenbaums (2001) é uma ótima comédia "excêntrica".

Moonrise Kingdom se passa na década de 1960, sua trilha é repleta de músicas da época e mostra a história de um amor quase impossível de dois pré-adolescentes, Sam e Suzy (interpretados pelos ótimos Jared Gilman e Kara Hayward), que se conhecem quando Sam assiste a uma peça da igreja em que Suzy participa.

Sam é um escoteiro cáqui, que tem conhecimentos em cartografia, mas acredita não ter vocação para o escotismo. Seu grupo de escoteiros é liderado pelo ingênuo e incapaz escoteiro-chefe Ward, interpretado por Edward Norton (Clube da Luta), que quase sempre está com aquela expressão de maior abandonado. Confesso que o acho lindo assim! Suzy é uma linda garota, que tem problemas de comportamento e se envolve em brigas na escola e com seus pais.

O filme se inicia com um homem explicando a geografia do lugar onde se passa o filme, provavelmente localizado na região da Nova Inglaterra. Também mostra crianças brincando em um cômodo da casa, enquanto ouvem a gravação de um garoto explicando os componentes importantes para uma orquestra, como os instrumentos de sopro e de cordas.

O casal começa a trocar cartas falando sobre suas rotinas ruins: Sam conta sobre as brigas com os garotos do abrigo onde mora, queima a casa de cachorro quando passa a morar com seus pais adotivos (Sam é órfão), enquanto Suzy reclama dos irmãos mais novos e das brigas que se envolvem. A partir daí, os dois planejam fugir juntos para um lugar longe de onde eles moram e afastar-se um pouco de suas vidas.
Moonrise Kingdom é uma comédia romântica, é um filme de crianças, que tem um pouco da inocência juvenil. Se Sam e Suzy tentam agir como adultos, batalhando por suas vontades e decisões, os adultos agem como crianças. É o caso do escoteiro-chefe Ward, que acredita fielmente nos escoteiros que ele cuida e que eles lhe obedecem.

É também o caso da mãe de Suzy, interpretada pela atriz Frances McDormand (Queime depois de ler), que tem um caso com o xerife do condado, o capitão Sharp, interpretado por Bruce Willis (Duro de Matar), sendo a primeira vez em que o vejo interpretando um papel totalmente dos filmes de ação que ele faz. A mãe de Suzy e o capitão mantêm um caso, mas se restringe apenas a uma conversa perto do farol, enquanto os dois fumam cigarros.

Pode ser visto como uma forma de demonstrar a perda da inocência, a cena em que Sam fura as orelhas de Suzy com os brincos que acabara de fazer. A garota sofre com isto, mas fica feliz ao final, ainda que se mostre o filete de sangue fluindo pelo seu pescoço.

Para finalizar, vou contar a cena que mais gostei neste filme. Há uma cena em que Sam e Suzy dançam na praia, juntos ao som de Le Temps de L´Amour, música de Françoise Hardy. Nesta cena, o casal tem a experiência do primeiro beijo e Suzy permite que Sam toque nos seios dela. De certa forma, chega a ser uma cena bonita, não erótica. Acredito que haja um pouco das primeiras experiências com o sexo oposto na adolescência.

E é isso aí, gente! Esta foi a minha primeira resenha aqui no Cinéfilos Mecânicos. Se gostaram, comentem! Se não gostaram, também comentem! Críticas construtivas sempre nos ajudam a aperfeiçoar. Até a próxima!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Crítica | Homem de Ferro 3: Jarvis nunca trabalhou tanto!


por Victor Hugo Furtado 

Fim de trilogia é sempre dificil, tanto para quem faz como pra quem assiste. Mais dificil ainda, quando o diretor resolve mudar drasticamente o estilo da trama. Homem de Ferro 3 - agora na mão de Shane Black - aposta as fichas que tem e as que não tem em um Tony Stark muito acima de um playboy enlatado, focando em um protagonista que não precisa de armadura para ser um herói. Black foi muito corajoso, e algumas vezes irresponsável, ao fazer um filme tão diferente dos dois primeiros e até de Os Vingadores (2012).

A vida pessoal de Stark - que não andava bem das pernas - é completamente destruida, obrigando-o a partir em uma jornada em busca de respostas na qual o gênio conta apenas com sua engenhosidade e instinto de sobrevivência para proteger as pessoas próximas a ele. Instinto esse, que abriu um leque de possibilidades para libertar toda a amplidão do universo Marvel contido na cabeça do protagonista.



A terceira parte da trilogia, é gostosa de se ver, dificilmente alguém vai achar o filme ruim, Shane Black e Drew Pearce, abusaram de um Tony Stark comediante com tiradas sarcásticas - típico dos personagens de Downey Jr. - na maioria massiva das vezes hilárias, outras, desnecessárias. Ainda mais agora, que o herói não precisa estar na armadura para controlá-la, garantindo boas risadas.

Para quem ama HQ's o longa algumas vezes vai deixar a desejar - poderá irritar - não na introdução, mas sim no desdobramento dos vilões na trama. O "Mandarim" em questão, é bem diferente daquele que nos acostumamos na páginas do gibis, mas, pra quem vai ao cinema disposto a ver um filme, e não uma adaptação, é só alegria, admiração e um show de interpretação de Ben Kingsley.

A "maldade" em si, fica mesmo a cargo de Aldrich Killian (Guy Pearce), cientista e fundador de uma organização privada que desenvolve o vírus Extremis, capaz de dar força e resistência incomuns aos humanos. É nesse contexto que o longa prioritariamente, põe a prova se Stark é ou não herói, introduzindo pela primeira vez um vilão capaz de transformar suas armaduras em sucata. Aliás, elas eram tão fortes antes, quando ficaram tão frágeis? Jarvis nunca trabalhou tanto, isso eu garanto.

Também merece destaque, o espaço que Shane Black encontrou para introduzir o garotinho gênio, Harley (Ty Simpkins) para tratar daquele assunto típico dos americanos, o bullying, o que deu margem para mais piadinhas. O "Mini-Stark" se saiu muito bem, não ficou meloso como nos filmes de Spielberg, ele é forte e inteligente e engraçado, a ponto de Tony se identificar e ainda que subliminarmente, apostar no geniozinho. Gênio esse, que no futuro poderá ser playboy, bilionário e filantropo.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Crítica | Vai que dá Certo: Deu errado


por Victor Hugo Furtado

Pelo jeito o cinema brasileiro ainda não achou a maneira certa de fazer comédia. Vai Que Dá Certo é mais um exemplo de filmes que parecem sair da "precoce" vontade de fazer cinema sem preparação, jogando tudo que faz sucesso - na internet - numa panela bem misturada com tempero de produtoras sedentas por dinheiro ingênuo.  

A trama conta a história de cinco amigos de ensino médio, com dificuldades financeiras, que se reencontram na tentativa de executar um crime, experiência que na qual nenhum tinha. Como querem ganhar dinheiro, decidem formar uma falsa quadrilha de assaltantes. 

O roteiro traz crítica aos corruptos, com referências a videogames e cultura pop. A história se passa em um lugar não identificado de São Paulo, mas é protagonizada por atores cariocas forçando sotaque - "Ô Mêo" e "Lokô" - tornando o filme na maioria das vezes irritante. Vai Que Dá Certo entra no mesmo saco de Totalmente Inocentes e Até Que a Sorte nos Separe, longas que são feitos na maneira Zorra Total de ser, colocando atores carismáticos contanto piadas nota 7,0 para um público nota 6,0.



Escrever sobre essa obra é no minimo interessante, pois é difícil de se ver no mercado, filmes que começam com um gênero e terminam com outro. Isso mesmo, foi a primeira vez que eu fui ao cinema para ver um filme de comédia escrachada e terminei vendo um drama, pois a partir dos 30 minutos finais, como num passe de mágica, ele se torna sério, os personagens diminuem as piadas e começas a pensar no futuro? 

Surpresa maior vem quando o filme sai da mão de um diretor talentoso como Maurício Farias, que já fez produções no mínimo interessantes como A Grande Família: O filme e O Coronel e o Lobisomem, mas, como já era de se esperar, a "comédia-drama", em dez dias em cartaz nos cinemas ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores, segundo a Imagem Filmes . Sem querer julgar a opinião dos demais, no fim das contas o filme poderia ser feito por qualquer um, é um longa trivial de sábado a tarde, que poderia ser trocado por qualquer coisa mais produtiva. Vou dar umas risadinhas? uma hora ou outra vai, mas vá ciente ao cinema.