Como se fosse uma novidade, agora todos falam de Alejandro G. Iñárritu, que já chama atenção desde o excelente e arrebatador, "Amores Perros" (2000), considerado o Pulp Fiction do cinema latino. Não, não é modinha, Iñárritu é um dos melhores diretores dos últimos anos e nada impede que ganhe pela segunda vez consecutiva o Oscar de melhor direção. O que seria muito legal, porque até 2014 nenhum latino havia ganho o prêmio da Academia. Em 2016, podemos ver o terceiro consecutivo.

Muito antes das histórias retratadas por Clint EastWood no oeste americano, os americanos já rezavam lendas das imigrações e descobertas de seu solo cheio de mistérios e histórias alucinantes. Essa é uma delas. Em uma época em que os índios eram a maioria esmagadora da população norte-americana, o homem branco vindo de pelo menos três ou quatro partes diferentes do velho continente, buscava desbravar, conquistar, "educar os selvagens" e, é claro, lucrar. Não teriam se arriscado tanto para se deslocar de tão longe se não fosse por algum motivo desses.
Enquanto existir cinema, os americanos continuarão a valorizar de forma plena sua história cheia de sangue. Todos os países tem uma, mas a deles é retratada em audiovisual. O que vem acontecendo, são essas histórias com o dedo de diretores como Iñárritu, que valoriza os indígenas como devem ser valorizados e principalmente compreendidos, afinal, a terra era deles.
Iñárritu constrói uma sólida narrativa adaptada do livro de Michael Punke, que claro, será contestada como de costume, mas que na construção cinematográfica não se pode levantar muitos dedos para contrariar as posições dele tomadas. Escolheu os atores certos, levou o tempo necessário, fez o espectador imergir e sim, é merecedor de prêmio e que seus atores também sejam. Até porque, se DiCaprio não vencer dessa vez, pode começar a desconfiar que alguém esteja o boicotando.
Pois bem, depois de "Lincoln", "Argo" e "12 Anos de Escravidão", esse filme é a nova sensação do começo de ano e da temporada de premiações. Pode ganhar? pode. Pode cair no esquecimento como "Argo"? também pode. Você pode assistir? Deve.

Não esquecer também a fotografia do filme que é uma dos méritos da história. É um filme que deve ser visto somente no cinema,pois as paisagens são grandiosas.Ótima direção de arte!!!
ResponderExcluir