quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Crítica | Missão Impossível - Nação Secreta

por Victor Hugo Furtado

A franquia Missão Impossível chama atenção logo de cara, quando percebemos que excetuando o segundo filme, de 2000, se mantém ao longo desses quase 20 anos, em plena forma e muito linear.

Dessa vez, Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato (organização secreta internacional) é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis.

Pra começo de conversa nem parece que Tom Cruise tem 53 anos, ainda tem cara de recém ter chegado na casa dos 40. Assusta ainda mais quando descobrimos que a primeira cena é feita por ele mesmo, aquela que tinha tudo para ser o ápice do filme (em muitos outros filmes menos credenciados, seria), onde ele se segura em um avião decolando. A partir da primeira cena, onde tamanha é a realidade e identidade visual, o filme se obriga fazer algo maior. E consegue.

Com muita segurança, o diretor Christopher McQuarrie dá o tom da trama e ousa em certos momentos nas reviravoltas do filme. McQuarrie faz seu trabalho e sem dúvida, diverte do início ao fim, e isso é muito importante.

Simon Pegg é o alívio cômico, que desempenha com maestria e não é de hoje, mas curiosamente, Tom Cruise aceita as piadas e ao aceitar, recompõe e contribui. Rebecca Ferguson é o tom dramático, imprevisível e toma conta da dramatização do filme. Muito talento pra uma escandinava só.

Apesar de humor e a aventura fazerem parte da maioria do filme, as cenas de luta e combate em geral, são todas de alta qualidade técnica e visual. Talvez as melhores da franquia.

Missão Impossível é um ótimo filme, um tanto longo mas o tempo passa desapercebido. Vale a pena conferir Tom Cruise em mais uma de suas apresentações performáticas no papel de Ethan Hunt.